sábado, 16 de janeiro de 2010

Portugal é o segundo país do mundo com maior peso das eólicas



Por cada 100 Watt de electricidade consumidos no ano passado nos lares portugueses, 15,03 Watt vieram do vento, um valor que eleva o país do terceiro para o segundo lugar mundial no contributo de energia eólica, atrás da Dinamarca e agora à frente da Espanha.
Com um crescimento de produção também nas outras fontes renováveis (mais 24,7 por cento de hidroelectricidade, mais 315 por cento de fotovoltaico, que partiu de uma base muito baixa) e ainda com o contributo das energias limpas usadas, por exemplo, na co-geração e na biomassa, as renováveis representaram 35,9 por cento de todo o consumo de energia eléctrica em Portugal no ano passado.

O presidente da Associação Portuguesa das Energias Renováveis (APREN), António Sá da Costa, admite que o país pode chegar aos 45 por cento no final de 2010 "mas será difícil". Para isso, precisa de ver arrancar todos os projectos eólicos em marcha e à espera de licenciamento, ter prontos os reforços de potência das barragens da EDP, ter mais co-geração com energia renovável e, em especial, que o consumo não cresça ou cresça apenas um por cento. Se crescer mais, precisará de importar energia e esta será fóssil, diluindo o peso das renováveis.

Em Espanha, segundo os dados da Red Electrica, a energia eólica cobriu 14,3 por cento da procura. Passou de segundo para terceiro lugar, em termos mundiais, mas ainda assim tem razões para assinalar também o facto: a energia eólica produziu mais 15,57 por cento do que em 2008, ultrapassou pela primeira vez o carvão e confirmou-se como a terceira tecnologia do sistema eléctrico do país. Na Dinamarca, a eólica pesa mais de 20 por cento.

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