quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Comem Da Vinci ao jantar

Não se pode dizer que são esquisitos. Eles tanto petiscam um DaVinci como um Miguel Ângelo. Têm poucos milímetros, mas são máquinas devoradoras. Mastigam molduras e colunas, suportes, esculturas e painéis. Aterrorizam museus e centros de arte em todo o mundo. Mas o festim do caruncho pode estar a chegar ao fim.
Na galeria dos Uffizi, em Florença, a guerra já começou, onde existem cerca de três mil obras de arte. Foi criada uma equipa de especialistas para o combate. A primeira batalha foi erradicar os insectos de A Coroação da Virgem, conjunto de painéis de Lorenzo Monaco, num processo avaliado em 20 mil euros. Os técnicos não usaram insecticidas tradicionais, mas uma mistura à base de azoto, que mata os vermes sem danificar a madeira viva. Com um tecido especial colocado à frente dos quadros, criaram uma câmara estanque e só depois injectam o azoto. Assim o oxigénio é forçado a sair dos buracos da madeira, provocando a morte do caruncho, interrompendo assim o festim.

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