Não se pode dizer que são esquisitos. Eles tanto petiscam um DaVinci como um Miguel Ângelo. Têm poucos milímetros, mas são máquinas devoradoras. Mastigam molduras e colunas, suportes, esculturas e painéis. Aterrorizam museus e centros de arte em todo o mundo. Mas o festim do caruncho pode estar a chegar ao fim.
Na galeria dos Uffizi, em Florença, a guerra já começou, onde existem cerca de três mil obras de arte. Foi criada uma equipa de especialistas para o combate. A primeira batalha foi erradicar os insectos de A Coroação da Virgem, conjunto de painéis de Lorenzo Monaco, num processo avaliado em 20 mil euros. Os técnicos não usaram insecticidas tradicionais, mas uma mistura à base de azoto, que mata os vermes sem danificar a madeira viva. Com um tecido especial colocado à frente dos quadros, criaram uma câmara estanque e só depois injectam o azoto. Assim o oxigénio é forçado a sair dos buracos da madeira, provocando a morte do caruncho, interrompendo assim o festim.
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