A empresa americana Global Resource Corporation (GRC) desenvolveu uma técnica que permite transformar plásticos e outros materiais, nomeadamente pneus e pedras como o xisto, em petróleo.
A célebre frase de Antoine Lavoisier “ Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” foi a inspiração para um insólito sistema de reciclagem.
Os plásticos e o petróleo pertencem à família dos hidrocarbonetos, são constituídos apenas por átomos de carbono e hidrogénio, o primeiro é um material sintético e é formado por moléculas gigantes, enquanto que o segundo, é um material natural formado por moléculas mais pequenas. A chave do processo está num aparelho semelhante ao microondas mas de tamanho industrial, baptizado Hawk-10, que utiliza, consoante o produto que pretende, frequências variadas. O processo é muito simples, devido à radiação que é sujeito, as cadeias carbonadas do plástico são reduzidas em hidrocarbonetos mais simples.
Ex. 9 kg de pneus -> 4,5 litros de diesel
9 kg de pneus -> 1,4 m3 de de gás combustível
Ainda que não contribua directamente para a redução de CO2 na atmosfera, uma vez que produz diesel, que é um poluente, a tecnologia permite a produção de uma fonte energética a partir de lixo, reduzindo assim a necessidade de aterros para estes resíduos.
A primeira máquina, no valor de 3,2 milhões de euros e do tamanho de um autocarro, foi encomendada para uma empresa de reciclagem de automóveis, em Nova Iorque.
Uma coisa é certa: com a subida galopante do preço dos combustíveis, as garrafas de plástico de água que temos em casa e outro lixo que usamos diariamente ganharam subitamente um novo valor.
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