Barcelona, a capital da Catalunha, a região mais produtiva de Espanha, viveu esta semana uma situação insólita, passou a ser a primeira cidade europeia a receber água, a preço de ouro, por via marítima.
Os abastecimentos fazem parte de um plano aprovado no mês passado pelo governo espanhol, de forma a minimizar as consequências da seca mais grave dos últimos 60 anos, depois das barragens atingirem um nível preocupante, ligeiramente acima do mínimo de segurança. Ao todo, a Catalunha vai receber 63 carregamentos de água por mês e durante três meses, que transportarão cinco hectómetros cúbicos de água, 6% do consumo doméstico, com um custo total de 56 milhões de euros.
Com o verão muito próximo, a região já está sujeita a severos cortes na distribuição da água. As fontes das cidades e os chuveiros instalados em praias foram fechados, não se pode lavar o carro, dar banho ao cão, regar o jardim, a relva está a ser substituída por relva artificial...
A diminuição das reservas das barragens pôs a descoberto aldeias antigas, agora tornadas atracções turísticas.
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